sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Uva e arte


Ontem à noite senti um cheiro gostoso de uva niágara na cozinha logo que cheguei. Foi quando o natal começou. Lembranças das expectativas de infância para passar a festa em São Paulo, com a minha família por parte de mãe. As celebrações sempre aconteciam na casa do meu avô Arnaldo, um ator magnífico e pessoa única. Por ser essa minha família cheia de artistas, a noite do natal sempre foi o momento de ver uma prima declamar um poema, o outro tio apresentar uma esquete, o outro contar piada, a Maíra cantar e os primos, juntos, apresentarem uma pecinha de teatro. Hoje não há mais tanta exaltação. Algo simplesmente morreu com o tempo. Mas viajo amanhã cedo pra reencontrar essas pessoas lindas que me ensinaram a ter necessidade de respirar arte. Um amor que se exerce apenas no natal, quando nos encontramos. E que dura o ano inteiro, pois já está impregnado em mim desde a infância em forma de música, cores, drama e poesia.

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